#32: as minhas 3 séries preferidas de 2023

mulheres, mulheres e mulheres ❤️

o ano foi delas. na radinho de hoje, as minhas três séries em áudio preferidas deste de 2023. todas feitas por mulheres. pra combinar com esse ano em que elas – sempre elas – me salvaram de ciladas, me deram a mão, me fizeram rir, me celebraram quando eu merecia e me deram bronca quando eu também merecia.

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⭐ Collor versus Collor • Rádio Novelo _ Globoplay | como é boa a sensação de ver uma história sendo tratada com o cuidado que ela merece. nessa série de oito episódios, a talentosíssima Évelin Argenta conta a história de dois irmãos que, como muitos irmãos, cresceram alimentando rivalidades. quando um deles foi alçado ao cargo de presidente da república, a briga familiar acabou em impeachment. além de revelar áudios inéditos de Pedro Collor e reconstituir a história de Fernando Collor, a série nos ajuda a entender melhor os bastidores (nada vilão & mocinho) da política brasileira.

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⭐ Caso das 10 mil • Folha de S.Paulo | como eu nunca tinha ouvido falar dessa história? se “caso das 10 mil” não te soa familiar de forma alguma, é isso que você vai se perguntar ao final do primeiro episódio dessa série narrada pela Carolina Moraes e pela Ângela Boldrini. essa série de seis episódios retraça o maior processo criminal de aborto do Brasil a partir da história de algumas das mais de 10 mil mulheres investigadas. isso, por si só, já é muita coisa. ainda por cima, as repórteres conseguiram tratar um tema controverso com a seriedade e a profundidade que podem nos salvar do buraco em que a gente se encontra – onde só falar a palavra “aborto” já levanta sobrancelhas. o único defeito: a história me deu muita raiva. recomendo ouvir na academia.

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⭐ Expectant • Pipa Johnstone | eu devorei essa série na semana passada, depois de ouvir um trechinho dela num episódio do Sound School Podcast sobre podcasts que misturam ficção e não-ficção. em seis episódios, que duram entre 10 e 18 minutos, você vai ouvir (por favor, ouça) uma personagem se questionando sobre a decisão de ter filhos diante do colapso climático. seria ela a própria Pippa Johnstone, criadora e narradora principal da série? difícil saber. esses e outros elementos de ficção (como dramatizações de cenas) se misturam a entrevistas reais com mulheres que, ao contrário da personagem, já saíram de cima do muro e mergulharam na incerteza da maternidade. é lindo de morrer. fazia tempo que eu não escutava uma coisa tão boa, ainda mais ficcional.

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obrigada por ler! 💌

sério, muito obrigada por ler a radinho. quando eu comecei essa newsletter, um pouco mais de um ano atrás, eu achei que chegaria aos 100 inscritos e olhe lá. mas hoje, além de você, mais de mil outras pessoas assinam a radinho! eu nem acredito. espero ter te ajudado nessa missão nem sempre fácil de encontrar, nesse mar de conteúdo, coisas que realmente valham o seu tempo. uma ótima passagem para o ano novo. que ele seja novo, de fato.

um abraço e até logo,

Natália Silva | jornalista, mestranda e produtora da Rádio Novelo

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